terça-feira, 12 de julho de 2011

Ponto Cruz

E qualquer dia desses ainda me sai um poeminha de pano
bordado com essas flores
mais tantas borboletas quanto eu puder pintar.
Tal qual raio de sol da manhã no rosto,
uma criança entretida com os próprios sapatos.
Qualquer dia me sai um desses
de lã, linha, linho.
Do novelo dessa minha novela.

Por Adriana Kimura.

domingo, 23 de janeiro de 2011

A música.

Nem sempre a banda é boa,
Nem sempre o cantor sabe cantar.
Faz balançar quem tá ali à toa.
Mas ninguém mais vai lembrar.

Tem quem repare na harmonia,
Tem quem estude cada verso.
Tudo se envolve na alegria
E depois some no Universo.

Ainda que a letra diga pouco,
Ainda que o som seja rouco,
Tem a que sempre se quer ouvir.

Por quem esteve ouvindo ao lado,
Quando se fez feliz o magoado,
Que não se vai nem mesmo depois de ir.