Foi, um dia, simplesmente por amor
Experimentação coletando prazeres,
O pulso iniciado em braços e pernas
Talvez nunca passasse à cabeça.
Por amor meus erros ortográficos
Alagaram os olhos orgulhosos de minha mãe
Soluços pelo dedo na tomada
Mantiveram-me distante dela.
O amor bastou para que eu fizesse,
O dor colocou os limites líquidos
E singela se criou a beleza dos meus atos
Efêmera, mas tal como um riso de criança.
Eu fazia castelinhos de areia
Caíam, é bem verdade.
Foi motivo para me ensinarem desenho?
É, as plantas no papel não desmoronam.
Ah! Essas minhas plantas no papel!
Por que não viram castelos?
Esta vida cria expectadores,
Valoriza os Engenheiros calados.
Ainda que se tratasse de um planejamento...
Porque planos são para ações (não?)
Não, eu continuo apenas projetando
Essa vida vai em vão!
Mas, entre elaborar por toda minha vida
Ou viajar entre papel e letras...
Mantém-me na linha a régua
Do desenho que substituiu o castelo.
Ai que a vida me fez tão pequena!
Afinal, o que acreditamos é.
E perdi minha visão tridimensional
Tem um círculo ao meu redor!
Há coisas que eu não fiz e nem quero.
Eu juro, não quero!
Sério! Eu não quero, juro!
Seria um absurdo querer.
Por que mesmo seria absurdo?
Ah, que importa...
É assim que é, sempre foi
Não há motivo para experimentar.
Deus! (“Deus”...) o quê fizeram comigo?
Levaram-me a criança pequena e indefesa
Indefesa... Ainda que sou achando não ser!
Oxidada, estragada, manchada de vinho.
Nasci poeta
Cresci leitora
Formei-me doente
Estou de cama
Doença auto-imune!
sábado, 11 de setembro de 2010
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